Contribuidores

quarta-feira, 16 de agosto de 2006


A chuva cai lá fora. Molha, encharca as cabeças, os guarda-chuvas, os casacos novos e os velhos também. Aquela chuva não dói, nem faz chorar, só molha.

Estou cá dentro de casa, entre paredes que demoraram imenso tempo a erguerem-se. Cá dentro não chove para os outros, mas para mim sim. E muito.

O telemóvel toca, notícia má. Encharcou-me. Pingo tal e qual (ou até mais) como pingam as pessoas lá de fora. Porquê? Porque teima a chuva em molhar-nos? Porque nos tenta deitar sempre abaixo quando estamos bem lá no alto? Porque chove cá dentro, debaixo de um tecto preenchido por inúmeras telhas? Porquê?

Não merecemos. Não merecemos mesmo.

O nosso esforço, a nossa dedicação, o nosso… amor? Sem dúvida. Apeguei-me tanto a ti. TANTO. Agora, é tarde. Não te descoles mais. Não podes, nunca mais.

Molhei-me. Molhei-te (desculpa). Molhámo-nos.

Quando irá brilhar o sol sem medo que as nuvens se ponham à sua frente?

Acho que nunca. Acho que iremos brilhar sempre cheios de medo(mas não será por isso que o nosso brilho perderá a qualidade). Porque é só quererem, e as nuvens tampam-nos num instante.

Mas não vão tapar-me sozinha, nem tão pouco a ti sozinho. Se taparem, tapam-nos aos dois, porque estaremos sempre juntos. (Lembras-te? SEMPRE).

Venham muitas nuvens, porque aprendi contigo que, mesmo que chova cá dentro, só nos iremos molhar se quisermos não é? O poder é nosso.

E queremos?

Claro que não. Somos muito mais fortes que nuvens, que chuvas, que tempestades, que trovoadas. Somos muito mais. Muito mais. (Juntos)

(Foda-se, Deus existe?! Por favor…estamos aqui!)

04.08.06

quinta-feira, 10 de agosto de 2006

Um grito no vazio


Gritavas ao meu ouvido de uma forma incontrolável.

“Não te ouço meu amor, não consigo”

Tornavas a gritar mas no segundo imediato às tuas palavras te saírem da boca, elas calavam-se. Perdiam o som no infinito eco que naquele momento deixara também de existir. As tuas palavras corriam como lebres e eu, corria cada vez mais rápido para as apanhar. Afinal, aquelas palavras pertenciam-me! Eram tuas para serem minhas. Mas a Natureza não queria. E eu implorava-lhe com força para enfrentar o Mundo todo.

Afinal, tinha-te a ti, e isso era a minha maior força. (Uma força tão grande…)

O eco acaba por se afundar nas ondas do nosso mar. Agora é ele que corre e nos implora. Agora o eco quer deixar de o ser para me dar as tuas palavras. Porque o nosso amor tem palavras. Alimenta-se delas.

Porque nós damos-lhes vida. O eco quer ver-nos!

Ver a nossa felicidade. (Tão verdadeira)

Ama-me com palavras” (peço-te eu baixinho…)

Sumiu-se o eco. Apareceu o vazio. Desapareceu tudo. Só nós ficámos. (os mais fortes, lembras-te?). Roem-se de inveja, fogem todos para não nos verem. Porque somos felizes. E por isso, só mesmo isso importa.

Afinal, gosto do eco. Desapareceu para eu ouvir o que tinhas para me dizer. Deixou-nos porque com ele não éramos felizes.

(O eco é o nosso amor sem palavras… “Ama-me com palavras!”)

terça-feira, 8 de agosto de 2006



Pego em ti. Pego em nós. Tento com todas as minhas e tuas palavras, explicar a saudade. O que é, para que serve, como surge?

É difícil, até mesmo impossível. Sentimentos que se cruzam, que nascem por entre a confiança e sentimentos estranhos, mas bons.

A saudade, é uma coisa boa e má ao mesmo tempo. É estranha também. Como? Como muitas outras coisas. Mas a saudade não é uma coisa qualquer. Há saudades verdadeiras, outras fingidas. Há aquelas sentidas e que causam a maior dor. Há saudades distantes e saudades pertíssimas. Há saudades boas e más juntas.

A que sinto por ti, é tão boa. Mas tão dura. A nossa saudade dói tanto, mas significa tanto também.

Que saudades. (e ainda agora estive contigo.)

Saudade estranha não? Verdadeira. Boa e má ao mesmo tempo.

Não consigo explicá-la, mas sinto-a sempre que chega a hora .. do nossoaté já”.

(E a vocês... as saudades também vos deixam loucos? AAAAAAAHHHHHHHHHH)

sábado, 5 de agosto de 2006


Não é aquele que parte um ovo sem querer que é forte. Mas sim aquele que sabe que o consegue partir quando tiver que partir.
(Têm-me dito que sou forte, quando tiver que o ser outra vez, verei...)

Seguidores