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segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Oh, Oh, Oh


O que é afinal o Natal? Para que serve e porque se festeja?
Os pequeninos crescem com a história de que no dia 25 o Pai Natal desce pela lareira e deixa lá as prendas daquela fantástica e enorme lista que eles próprios escolheram. "O Pai Natal sabe mesmo o que eu gosto" . O Natal... são prendas.
E para os crescidos... as luzinhas, o montar das árvores, os gastos económicos... são porquê? para quê?
Estamos em Outubro e enquanto passeio agitadamente pelas ruas da minha cidade, é de noite mas é bem dia. A lua está aqui mas as luzinhas ofuscam-me, os meus olhos piscam e ouvem-se músicas bonitas mas irritantes. Repetitivas.
Das montras saem as camisolas lisas, simples camisolas azuis e brancas ou vermelhas e amarelas, para renovar-se o stock. Agora só se vêem camisolas estampadas com estrelinhas e pais-natais.
O natal é ser-se foleiro? É ser banal, todo igual?
Aquela história religiosa já ninguém sabe, ou ninguém liga.
O Natal tornou-se só e apenas numa época de consumismo. O Natal é gastar dinheiro para dar e receber também. Tardes e tardes perdidas as voltas num centro comercial a procura da prenda ideal. O livro para o tio, o perfume para a irmã e o relógio para o namorado.
O Natal é para criar agrado nos outros, para conquistar até.
Eu já não acredito no Pai Natal nem nas prendas no sapatinho, mas.. o meu Natal é bonito mesmo assim. Mas afinal, é banal. Porque recebo e dou também.
Perco tempo à procura da prenda ideal e mando imensas mensagens para todos , para terem um Natal feliz.
O Natal mais feliz é aquele que tem mais prendas?
O Natal mais feliz é aquele que tem mais gastos economicos?
Ou o Natal mais feliz é aquele que passamos com as pessoas que mais gostamos?

O Natal é o que vocês quiserem, afinal mudam-no como e para o que querem.

sábado, 25 de novembro de 2006


Quero virar o mundo de pernas para o ar e sentir-me sufocada com o sangue a ir-me para a cabeça. Quero sentir coisas que nunca senti para saber como é. Quero deixar de ser ignorante sem saber e saber que o sou se assim tiver que ser.
Preocupo-me demais com o que não devo e não ligo ao que devia ligar.
Quero mandar uma mensagem numa garrafa com um grito melódico e eufórico.
Quero sentar-me na areia molhada e tremer. Tremer de frio com as tuas palavras gélidas.
Quero dançar em cima de uma prancha sem me aguentar em cima dela mais de cinco segundos.
Quero dar o meu maior salto e bater com a cabeça no tecto dos teus pensamentos.

Tenho saudades de apanhar uma molha de desculpas tuas. E quero molhar-me, quero que me deixes doente, de cama, atafulhada de lençóis e com uma temperatura altissima, em braza.

Quero tremer com as tuas desculpas e falsidades. Quero cair ao chão e esfolar os joelhos nos teus dedos que agora se fecham quando me aproximo.
Quero fechar os olhos para não te ver a olhar para mim e para eu não conseguir olhar para ti.
Quero pisar um chao diferente do teu para não ser possivel cruzar-me contigo.
Quero também que fiques doente e que te molhes, muito.
Quero que partas os teus braços numa luta de rua qualquer. Parte-os, não me abraces mais.

Quero tudo!
Sinto necessidade de.

quarta-feira, 22 de novembro de 2006

A passadeira do mundo rolante


Pessoas, relógios, sapatos, malas, casacos… aqui, tudo sobe, desce e gira em tempo repentino. Sinto o cheiro do tabaco de todos os que estão à minha volta mas não o consigo evitar. Eles vivem comigo, assim como o fumo e o lixo que fazem neste sítio que é meu desde o outro dia.
Passamos pelos mesmos sítios mas não conseguimos passar pelas mesmas experiências. Não consigo sentir como eles, nem eles conseguem sentir como eu. Enquanto eu subo, outros descem. E enquanto eu desço, outros sobem.
A vida lá fora é assim e aqui em cima também. Aqui há moda, há pessoas bonitas e feias e pessoas boas e más também.
Não gosto da passadeira da minha vida. À mesma hora que eu entrei para aqui, entraram também pessoas vaidosas e que me fazem ficar triste. Queria apanhar o comboio e ir para outro lugar, mas não posso. Aqui não existem comboios, nem qualquer outro meio de transporte. Queria mudar as pessoas da minha passadeira, mas não consigo. Aqui não comando, comandam-me.
Então, prefiro parar a passadeira no STOP, só para ver uma reacção nestas pessoas que nunca vi, nem sequer ouvi. Porque aqui, também não há amigos. E eu não falo com ninguém nem ninguém quer falar comigo. Aqui não há vontade.
Queria comprar asas para voar para ao pé de ti. Para sorrir contigo porque tu és bonito e fazes-me bem. Pois os lábios destas pessoas a esboçarem um sorriso, também nunca conheci. Queria comprá-las, mas não consigo. Porque aqui também não há lojas.
Se calhar existem passadeiras bonitas, mas a vida não se escolhe nem se compra.
Nós fazemo-la e eu quero fazer estas pessoas esboçar um sorriso ou soltar gargalhadas parvas porque tenho saudades de ouvir som.
Aqui só há silêncio, tenho saudades de música. De melodias com cores eufóricas.

Voa comigo para um sítio com passarinhos que cantam e que sabem voar *

domingo, 19 de novembro de 2006

é a amizade mais bonita de todas.

sofia és nossa,*

domingo, 12 de novembro de 2006

Dia 12


sábado, 4 de novembro de 2006


Gosto de vos ensinar e aprender com voces.
Gosto imenso de nos, os putos *

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