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sexta-feira, 14 de março de 2008

Fico assim, sem pressas para olhar para cima e ver o céu que ninguém vê. Estrelas que ninguém sente e que poucos ouviram falar, poucos conhecem.
Um dia, ainda vou perceber como é bom viver num mundo como este, tão estranhamente bom. Até lá, permaneço. Deixo-me ficar por entre janelas e portas semi-fechadas. Espero. (Por ti). E tenciono que a tua visita seja para breve. Mas avisa-me, para preparar o meu coração. Pô-lo bonito...


(Até daqui a 2 semanas!)

quarta-feira, 12 de março de 2008

Sabes

Sabes, ainda me dói o peito daquela vez em que quiseste arrancar o teu amor de mim; ainda sinto um vazio leve na alma, porque já não me pesas, já não te sentas aconchegado nos cantos do meu corpo; ainda sinto as lágrimas com sabor a ti, feitas da mesma necessidade e frustação; ainda tenho o teu cheiro entranhado na minha pele, toques de Springfield, Gant ou Pepe Jeans de quando pegavas no primeiro frasco que te aparecia. Ainda, ainda, se ainda assim é, olha, ainda te amo desgraçado, ainda fazes faísca com os meus neurónios, ainda mexes com a minha existência, ainda me esvazias o sangue das aurículas e dos ventrículos, ainda estou à tua espera, sabes, naquele banco onde fizémos planos para a vida inteira, ainda estou à tua espera, naquele lugar onde sabes que te estou a mentir.

domingo, 9 de março de 2008

14.Fevereiro.2008

Bato o pé pela impaciência da tua vinda.

A necessidade que tenho em estar contigo faz-se notar pelo brilho dos meus olhos que (nos) atravessa. Atravessa-nos entre a melodia das ondas que deixa de se conseguir ouvir. Só se sente.

Talvez pelo poder da minha visão dar lugar a um bater de uma caixa, eu perca a noção do som… me esqueça que tenho orelhas que ouvem, e que falam. (Com as tuas).

A caixa precisa-te-nos. É pequenina mas não tem fundo. Precisa da tua-nossa corda, um andamento que vai crescendo todos os dias mais um bocadinho.


Damos vida a um objecto (não) individualista.

Faz-se notar uma aceleração que arrepia dentro e por dentro, que se sente a uma velocidade de repetidos batimentos. Um batimento agressivo que não dói nem magoa, mas que me derrete.

Arrisquei a chutar para longe o gelo que possuía, que me fazia espirrar de coisas más. Sentia-as como os espinhos das rosas quando atravessam a minha pele e tendem em permanecer para me arruinar. (…) São espinhos que apesar da dor que nos causam, garantem raios de sol que nos mimam e nos inclinam. Tal como girassóis que procuram sempre mais e mais com o objectivo de um bronze que se faz sentir como festinhas arrepiantes (mas tão boas…). Também eu tenho girassóis na minha vida, que me vão orientando para o lugar mais quente e acolhedor que exista. Tu, és um desses meus girassóis. Funciono também como uma espécie de tua raiz que se inclina com a força de um vento recheado de novos sabores, novos sonhos que me dás e vais dando. Que nos entrelaçam e nos dão vida. Uma vida a dois. Doce.

E o hábito do nosso toque dá-nos sensações esfuziantes e perfumadas. Como um género do pintar e desenhar de esboços que nos permitem sentir vivos através do aroma das rosas, sabes? Se calhar… o problema é mesmo esse: quando foi a última vez que te deram uma flor?

(…) Mas…injectaste-me de coragem. Deixei que o fizesses porque me mostraste segurança quanto à escolha do meu antídoto. E alucinada pela magia que nos transformou, acrescento páginas a um livro ainda em branco. Mas já com tanta coisa para acrescentar…

É por isso…o romance em biquinhos dos pés, é o mais bonito.



O despertador acordou-me como o toque das panelas quando chocam umas nas outras. Era um barulho incomodativo mas que, naquele momento, era valioso.
Tomar banho, vestir, sigaaa.
Peguei na minha roupa e despejei-a, tipo trapos enrolados, na mochila. Era pequena e ficou como um género de melão preso às minhas costas.
Era hora de partir...
para a viagem mais bonita da minha vida.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Malditos

Tenho medo da caixa que escondi debaixo da cama, a caixa onde guardei sonhos, perdi pedaçinhos de amor e desejo, enfiei tralha que pensei ter valor e que afinal não tinha senão vacúolos de insignificância, arrastei pedaços de nada e fechei tudo numa gaveta à chave que ficou mal fechada e que pede a ajuda trémula, típica das coisas que se estão prestes a quebrar. Tenho medo dos meus fantasmas, esses malditos, que não se quebram, não cabem em caixas e não se enchem de pó. Tenho medo dos meus medos, porque não consigo dormir; a caixa faz barulho e a almofada não pára de se queixar, tem lágrimas nos olhos e dor no coração. Ou será ao contrário?

quarta-feira, 5 de março de 2008

(Estreia)

Podias pedir-me o mundo e eu dava, enrolado em bolas de sabão com sabor a algodão doce. Pintava-o de amarelo – tu gostas e eu também, perfumava-lhe os contornos com a tua essência (que eu um dia vou descobrir qual é, apesar de já a saber de cor), espalhava rebuçados, fitas douradas e aviõezinhos de papel. Convidava a beleza, a lealdade, a segurança, o bem-estar, a felicidade; a perfeição certamente não poderia vir porque está sempre ocupada só contigo. Enfeitava-o ainda em papel de cetim e um pequeno laçarote que vi numa loja trés chic. Agora sim, é teu. Sabes Marimonga, é que só este mundo seria digno de ti.

terça-feira, 4 de março de 2008

Pinta ! (me!)


Preciso de gritar ao mundo o que és e como és para mim. Um grito numa espécie de silêncio em que o eco simplesmente se faz ouvir por entre os teus ouvidos e é guardado num sítio bem mais precioso que o coração. Um sítio nosso. Que foi feito por nós. E para nós.

domingo, 2 de março de 2008

Rebuçados com recheio a mimo





Talvez o aroma 'disto',
seja a solução para tantas coisas como 'esta'.

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