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segunda-feira, 26 de maio de 2008

Outra margem de mim

terça-feira, 20 de maio de 2008

Obrigada Maddie

Agora, pouco tempo depois de completar os dezoito anos, sou capaz de traduzir, para aqui, as palavras que, no momento, simplesmente originaram sentimentos. A lágrima... aquela que resultava deles e as emoções que lhe davam as mãos, a pular tão eufóricas, deu um nó na minha garganta e impediu-me de soltar as palavras que planeei anteriormente para ti, com a ajuda do meu coração. O coração esperneou com tantas letras que juntaste na perfeição, os olhos molharam-se não com a luz do telemóvel mas sim pela magia com que os conseguiste enfeitiçar, as sardas aumentaram, as mãos ferviam e o coração... esse saltava pela boca. Então, preferi esperar. Preferi que o orgulho de receber aquelas e estas tuas palavras, me assaltasse o coração e lhe garantisse as tuas frases como único meio de sobrevivência. Foi então que consegui, aos poucos, emitir palavras como forma de justificar, aos outros e até a mim mesma, o poder da tua mensagem.
É estúpido, mas também dá a volta ao miolo. Mas senti os dezoito... senti não só a idade como o peso da palavra que as pessoas lhe dão. (Estranho.. mas bom!)
E tu madalena, assim como 'tantas' outras pessoas, fizeste-me entrar da melhor maneira na maioridade. Nesse poder que, apesar de tão pequenina, já o possuo. Com vocês.
Obrigada.

domingo, 11 de maio de 2008


Se um dia te perguntarem de que cor é o sol, diz-lhes que o amarelo passou de moda e que o laranja se encontra em vias de extinção. Lembra-lhes que o nosso sol não é o mesmo que o deles. O nosso é transparente com tons de branco realçados como que se um esguicho de mil cores tivesse sido dado por (não) querer.
Poderiam considerar-me louca, mas o meu cérebro derrete(u)-se graças a um medonho nascer-do-sol que anuncia(va) aquele dia. E eu escondi(a)-me entre os meus membros: entrelacei os meus braços nos dedos dos pés e colei o tronco à minha perna direita. A minha cabeça voltou-se para baixo e eu vejo o chão no tecto e o tecto no chão. És(-me) superior e tens poderes de uma mítica figura de banda desenhada: caminhas no tecto e lutas para conseguires tocar com os dedos das mãos no chão. O truque é simples e de parvo não tens muito: o sorriso move(-te-nos) e tu alcanças o que querias. E o melhor é que, depois de o alcançares, ainda o queres. Então, a luta permanece e o sentimento que te suspende no ar como um astronauta, é constante. (E bom!)
É como se não existisse oxigénio e, por isso, elevas-te. Ou então, estou mesmo a enlouquecer e isto é um sonho; Criado por ti com a tua conhecida capacidade de o tornares tão estranhamente real (e magnífico!) Somos prova. Muitas provas de que não é preciso existir atmosfera para que as palavras sejam transmitidas e recebidas. Eu recebo-as e ninguém as ouve. Eu transmito-tas e ninguém dá por isso. Mas é real! (é?). Ridicularizas-me, positivamente, de uma forma exacerbada: baralhas-me os neurónios e fazes desaparecer as sinapses. Dificultas-me a capacidade de interpretação:
Afinal, de que cor é o sol?

terça-feira, 6 de maio de 2008

Um ritual não monótono



Deixo-me ficar. Permaneço. Aqui. No sossego de uma sossegada companhia, sozinha. Os pensamentos que atravessam o lobo occipital do meu cérebro, (não) me-nos deixam resistir ao teu intenso cheiro que preenche todas as vias respiratórias do meu nariz. Ligas (me) todos os sentidos e dás orientação aos meus (des)medidos reflexos que não possuo, mas que os tenho sempre que te aproximas.
Enquanto lá fora toda a gente se inunda de vozes eufóricas pintadas de lilás e amarelo, eu tenho
phones nos ouvidos de uma música silenciosamente boa. É, também, uma música rica em tonalidades em que os gestos nos equilibram e nos mantêm sorridentes através do olhar intenso e caloroso que (me) provocas.
Lá fora, enquanto chovem banalidades de uma vida tão monótona e fútil, sou milionária (cá dentro). Por viver o que vivo e por poder falar do que falo.
Observamos entre esqueletos desconjuntados, mais um dia. Os lençóis (vivos) transformam-nos em seres humanos preguiçosos e com falta de vontade de voltar lá para fora.
Aqui é que se vive bem, não é meu amor?
As minhas sardas estão estampadas na (nossa) almofada e o teu olhar semi-fechado atravessa os quentes cobertores e provoca(-me) cócegas. Que originam risos e sorrisos de uma felicidade contagiante. E verdadeira.

E é sempre só mais um copo de vodka e um cigarro,
já aí vamos.

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