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quarta-feira, 25 de abril de 2007



"se beberes isso de penalty, eu fico contigo para sempre"

"e se tu me quiseres para sempre eu mostro-te o rabo, boa ?"


(está prometido.)

terça-feira, 17 de abril de 2007

pintaste-me-nos



Conseguia sentir-te atrás de mim com um nervoso esquisito e tão pouco próprio de ti. Esboçava sorrisos inesperados e repetinos

Tapaste-me os olhos e pediste-me uma imagem bonita que me viesse à cabeça. Via tudo a preto e branco. Estar ali, para mim, não estava a fazer qualquer sentido e não conseguia imaginar futuro entre as nossas gargalhadas e os infinitos silêncios. Tinhas deixado de fazer sentido e eu queria que voasses. Não para longe, mas não para tão perto de mim. Parecia que não te conseguia ver, porque não queria. Nem tão pouco abraçar-te, porque sabia que não ia sentir.

Pedi que saltasses para o outro lado. Para o lado das pessoas que não sentem. Para o lado direito. Onde não existem palavras bonitas nem gestos queridos e abraços melosos.

Foste. Durante meses perdeste-te por lá. Sentiste a minha falta.

Fez-te bem.

Querias-me de volta.

E hoje sentes, como nunca consegui sentir que sentias.

Então…escrevi na tua pele palavras ilegíveis. Palavras minhas que te dei. Só a ti.

Vinquei-as para que a marca fique lá. Durante muito tempo.

Tu…escreveste-me palavras soltas para que as montasse como um puzzle e disseste-me, a chorar, que eram as mais verdadeiras. (Tinhas mudado. Gostava de ti.)

Aos poucos, foste-me empurrando para um lugar bonito. Onde o vermelho é verde e o verde amarelo.

Levaste-me para lá e quase sem me aperceber, estávamos ali. Juntos. (Mais uma vez)

Era quase irreal e os inúmeros sorrisos soltavam-se ao som das tuas palhaçadas e do cheiro do teu Aqua Di Gio.

Já falavas outra vez de boca cheia e escrevias na areia os nossos nomes. (Tinhas mesmo voltado…)

Rebolei que nem uma lontra para o tapete da tua vida. É um ciclo vicioso onde acabo sempre por ter vontade de (não) sair.

quinta-feira, 12 de abril de 2007



(LADO ESQUERDO)

segunda-feira, 9 de abril de 2007


às vezes tenho vontade de arrumar tudo para o lado esquerdo. pôr-me de lado para te ver de perfil e sentar-me apenas numa das tuas pernas.
beijar-te só do lado esquerdo e dar-te festinhas na bochecha. lamber-te e dizer-te que gosto muito de ti a um ouvido teu. olhar pra ti como se só tivesses um olho.
às vezes tenho vontade disso mesmo, de te cortar ao meio. para nos momentos em que te vais embora, ires só com uma das tuas partes. porque a outra é minha. pertence-me. e ainda bem que a sinto tão comigo.
deste lado ninguém nos vê, estamos escondidos. somos só dois. do lado esquerdo não conseguimos ver mais ninguém. porque ninguém consegue passar para este lado como nós passamos todos os dias. porque ninguém sabe. ninguém conhece. ninguém quer descobrir.
é do outro lado que tenho medo.
tenho medo de me perder por lá, no meio de tanta gente.
o lado direito tem muitas pessoas, muitos olhares cruzados e muitos braços dados.

fica comigo. do lado esquerdo.

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