Fizeste-me chorar.
(chiu, é segredo...)
É pegar na borracha e apagar aqui e ali. Pouco tempo depois, escrever tudo outra vez. E voltar a riscar. Saborear traços que ficam, que deixam marca. À minha frente e dentro de mim. É cantar uma música infantil e dançar até de manhã. É mentir aos pais para ir viver uma coisa de adolescentes. É partir sem saber quando se volta. É ir comer batatas fritas para à praia às quatro da manhã. É beber uma garrafa de vodka em meia hora para durante 24h nos sentirmos estúpidos. É tirar fotografias de língua de fora e a fazer caretas. É gozar com pessoas ainda mais ridículas que nós. É sentirmo-nos inferiores e superiores. É aprender a dançar modinhas com gente que sabe. É beber shots até não poder mais. É brindar a isto e aquilo. É ser-se diferente. É conseguirmos dizer “não” por mais que nos apeteça dizer “sim”. É ligar a um amigo(a) que não vemos nem falamos há anos. É fumar um cigarro como se aquele fosse o último. É saborear. É gritar que somos felizes assim. É confidenciar tudo aos verdadeiros. É desabafar e chorar. E depois limpar as lágrimas e pensar que não vale a pena. São abraços melosos e promessas sem fim. São mergulhos estúpidos para a piscina. É enrolar-vos na areia como um croquete. É correr…é rir até doer a barriga. É fazer uma directa a falar das coisas loucas que se fazem. É sentirmo-nos carentes. É dormir uma noite no campo a olhar para as estrelas e inventar constelações. É beber vinho até se tentar gostar. Mas não dá… É ir a festivais e cantar músicas desconhecidas. É andar de carro e ir para sítios nices com pessoas que mal se conhece mas que nos fazem rir. É estar de férias e andar de saia… É ter cor de verão e rirmo-nos ao ver fotografias com cor de Inverno. É praia... de madrugada até anoitecer. É mar e aventuras lá bem ao fundo…São nadadores salvadores... São pinos e pontes… é areia… é uma procura de coisas novas… é um descobrimento.
É curtir! É ser-se livre…