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terça-feira, 29 de janeiro de 2008

terça-feira, 22 de janeiro de 2008


Aprendi a sentir de forma ofegante. A usar todos os meus sentidos de forma secundária abandonando a racionalidade e deixando-me levar pelo coração

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008


Entreguei-me a nós. A ti em mim sem qualquer outra capacidade de sobrevivência. Respirei-nos através de fotografias em que os sorrisos tão transparentes me fizeram reviver momentos passados... mas que correm. Vão correndo e têm vida. Através de olhos e membros vulgares mas especialmente caricatos. Vivi cúmplices segredos e vi no espelho algo que desconhecia até então. Vi-me e achei-me desconhecida. Era alguém com um olho no nariz e um lábio na testa. Estava, desfigurada... Tornei-me estranha e, tudo para mim, era novo apesar de cinzento. Parecia que o calor abrasador que o sol me fornecia, me fazia chover em cima da cabeça. Me molhava de tentativas. Me molhava para uma possível mudança, um adquirir de novos conhecimentos. Um sentir como crianças, como miúdos que correm e pulam a todo o momento por tudo e por nada.
Saltava para te ver. Para ver acima da minha altura. Mais que aquilo para que estou
destinada.... Estarei?...
Vejo fumo a sair-me do cabelo que trespassa a minha garganta. Um fumo cheio de histórias para contar, um fumo que origina saudades na boca. Saudades entranhadas. Entranham-se no nosso tempo, nas nossas oportunidades. Será que também terás essa necessidade? Será que também tu partilhas a mesma vontade? ... Apetece-te voar? E queres? Ensinamo-nos um ao outro num espaço que é só nosso. Que nos pertence como um género de bilhete de identidade. Foi adquirido. Porque o sentimento é comum, e as vontades.... essas não têm fim!

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

" (...)
- O que é que 'estar preso' quer dizer?
- É uma coisa que toda a gente se esqueceu - disse a raposa- Quer dizer que se está ligado a alguém, que se criaram laços com alguém...
- Laços?
- Sim, laços - disse a raposa - Ora vê: por enquanto, para mim, tu não és senão um rapazinho perfeitamente igual a outros cem mil rapazinhos. E eu não preciso de ti. E tu também não precisas de mim. Por enquanto, para ti, eu não sou senão uma raposa igual a outras cem mil raposas. Mas, se tu me prenderes a ti, passamos a precisar um do outro. Passas a ser único no mundo para mim. E, para ti, eu também passo a ser a única no mundo... (...)"

O Principezinho

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008


Estavam margens delineadas,
e eu caminhava sem pressas nem desejos.
A melancolia das minhas experiências fez-me viver desta forma,
deixando marcas neste caminho de terra,
pegadas para os que viessem depois de mim.
Mais que um rasto, largo pó.
Faço(-me) arder os olhos e deixo(-me) aflita.
Tornei-me numa espécie de alergia,
dou(-me) comichão irritante e um certo cansaço que deriva dos pés pesados com que vou rastejando por aqui...

Mas não páro... e sigo.
Porque só o respirar de certas pessoas me irá fazer voar, sair duma monotonia fugaz. Desta, deste percurso.
E certamente que irão partilhar este mesmo caminho em que estou agora. Comigo.
Num vento de novos sabores. Novos caminhos e começos.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008


Senti a liberdade de voar.
Senti que, por todo o tempo que quisesse, poderia sair daqui.
Fugir para longe.
...sem ter que pensar na hora a que voltaria.
Sabe-me bem sentir a areia quente do bater dos nossos corações,
não conseguir esquecer o gosto do sal do teu olhar,
a visão dos teus gestos (que elaboras só para mim)...
assim como o cheiro das nossas histórias.

que dificilmente me custará não lembrar...
talvez um dia.
talvez um dia nos voltaremos a encontrar,
já que até o sol se sente triste,
por nunca mais se ter posto com a ajuda das nossas mãos entrelaçadas...

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